quarta-feira, 26 de março de 2008

MAIOR TENOR PORTUGUÊS DE TODOS OS TEMPOS-- TOMAS ALCAIDE


— Desejava uma entrevista, Tomás Alcaide...
— Pois sim, mas a respeito de que assunto?
— Sobre a sua vida artística. Ninguém, melhor do que você, poderá res­ponder às nossas perguntas.
Esqueceu-se escrever alguns parágrafos que servissem de introdução a esta conversa com o maior tenor português de todos os tempos, mas o seu nome ê sobejamente conhecido dos nossos leitores e do público em geral. Por isso mesmo, qualquer apresentação feita a Tomás Alcaide seria inoportuna e despropositada.
Acedendo amavelmente ao pedido feito ele respondeu rápida e delicada­mente ao que lhe perguntamos .
— Conte-nos como começou que aconteceu depois de estar lançado como cantor e actor. — Na realidade tenho uma vida artística que posso considerar longa,revestida de facetas alegres e tristes e de recordações de todo o género. Sem­pre gostei de música, todavia o teatro exerceu sobre mim uma fascinação à qual eu não pude fugir. A voz foi uma espécie de trampolim que me serviu para entrar na Arte de Ta Ima. Comecei a cantar em 1920 quando sai do Colégio Militar. Eram então meus mestres Alberto Sarti, Eugênio Mantelli e Francisco Redondo. Debu­tei num teatro de Milão de categoria inferior e fiz um tirocínio em muitos outros da mesma espécie por toda a Itália, antes de chegar em 1929 ao Scala de Milão. Em Portugal es­treei-me como profissional no Coliseu em 1929 com o «Rigolletos. Depois cantei em toda a Europa, actuando no nosso pais em períodos de férias ou no intervalo entre dois contratos. Actuei pela última vez no Coliseu em 1947, na «Luccia de Lammermoor» de Donizetti. Daí para cá só actuei na Bélgica, França, Brasil e Estados Unidos. Pensava continuar a cantar no estrangeiro, mas por motivo de doença de minha esposa, da qual já está restabelecida, resolvi então aban­donar completamente o teatro can­tado. — Porque razão a partir de 1947 não cantou mais no nosso pais? — Em tempos fiz várias opera­ções a uma hérnia. Porém começou a qual eu não pude fugir. A voz foi uma espécie de trampolim que me serviu para entrar na Arte de Ta Ima. Comecei a cantar em 1920 quando sai do Colégio Militar. Eram então meus mestres Alberto Sarti, Eugênio Mantelli e Francisco Redondo. Debu­tei num teatro de Milão de categoria inferior e fiz um tirocínio em muitos outros da mesma espécie por toda a Itália, antes de chegar em 1929 ao Scala de Milão. Em Portugal es­treei-me como profissional no Coliseu em 1929 com o «Rigolletos. Depois cantei em toda a Europa, actuando no n osso paia em períodos de férias ou no intervalo entre dois contratos. Actuei pela última vez no Coliseu em 1947, na «Luccia de Lammermoor» de Donizetti. Daí para cá só actuei na Bélgica, França, Brasil e Estados Unidos. Pensava continuar a cantar no estrangeiro, mas por motivo de doença de minha esposa, da qual já está restabelecida, resolvi então aban­donar completamente o teatro can­tado.http://valedesantaremcarnaval.blogspot.com/

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